EU SOU SÓ O PAULO

EU SOU SÓ O PAULO
simplesmente eu

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Sombras de poder
Que evocam as glórias perdidas
Caminhos destroçados de alegria
Mulheres da razão vendidas

Olhos esbugalhados
procurando a primeira farsa da vida
Por entre ruelas e empedrados
Surge a primeira alma sofrida

Triste sina a sua
Qando uma palavra lhe é dirigida
ela é toda tua
Qerida, querida

Dá-se o vício do prazer
Para algo ter que sustentar
E ela nem sabe o que vai ter
E ela não sabe o que vai aguentar

Seu pensamento é humilhado
Seu corpo é uma tela
Por muitos é partilhado
E toda a sua vida, uma novela

Raiz do saber
Raiz do sofrimento
Todos a querem ter
E a todos caí no esquecimento

Já não tem alegria
Nem sabe se o corpo é seu
Só pensa na sua cria
E no dinheiro que alguém lhe deu

Perdida no olhar de outrora
Quando um dia rapariga se fez
Mas já ninguém lá mora
Simples objecto se fez

Quando escrevi este poema, nunca imaginei, que a alma destroçada de que falei, também tinha vida, tinha sentimentos, que já foi alguém, mas hoje, é um simples obejcto do prazer....

Paulo
Um beijo

PS: Divirto-me quando escrevo, mas quando penso naquilo que escrevi.......não fico, tento esquecer, tento não imaginar, porque a imaginação essa, é melhor não lembrar. A todos(as) os meus(minhas) amigos(as) o desejo de uma boa noite e a alegria de partilhar o que é meu

1 comentário:

  1. Paulo,
    Este poema emocionou-me bastante, porque demonstra uma grande sensibilidade e humanismo para com estas mulheres que por motivos vários se viram atiradas para estes caminhos tortuosos e de sofrimento.
    Um beijinho.

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